AS TREVAS SOBRE DEUS
A pedofilia é a sombra nefasta que invade os corredores na basílica de São Pedro tirando o sono de Bento XVI e colocando em ambigüidade as atitudes da Santa Sé.
Mas deixemos de hipocrisia. Pode ser verdade que, ainda quando era cardeal, o atual papa tenha agasalhado alguns pedófilos ou deixado de julgá-los. Erro, completamente erro... Todo crime, independente de ser ou não sacerdote, deve ser julgado com firmeza. No entanto o papá, ao proteger os seus, não se diferencia dos políticos em Brasília ao acobertar os mal feitos, para não sujar o nome da casa.
A indignação popular mira a atual impunidade em que estamos vivendo: pedófilos apenas transferidos, políticos inocentados de barbaridades, mulheres assaltadas dentro de delegacias sendo assistidas por policiais de braços cruzados, crianças que somem do útero da mãe.
Parece estar iniciando-se um novo Período das Trevas, mas diferente da Idade Média, o definhamento das luzes não é a intolerância da fé, e sim a completa falta dela. Existe um falso moralismo no ar; falasse muito que as pessoas estão se esquecendo de Deus – é verdade, inclusive Deus está ausente até das igrejas. As protestantes não perdem a oportunidade de exorcisar seu fieis e gritar ao vento o nome de Satanás, como se dizendo seu nome pudessem ir se afastando dele. Já a Católica vem a muito perdendo a moral com o Todo-Poderoso.
Hoje, ao invés de falar de fé, dentro dos templos falasse leis, política, casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre muito outros assunto desconectados da religião. Daí a César o que é de César. Jesus não esteve na terra para ensinar os romanos a governar ou lutar pelos diretos das prostitutas; ele veio pregar o amor e o perdão, veio passar a mensagem do Pai. Os homens de fé deveriam falar mais de Deus e menos de problemas sociais, e assim a fé conduzira o rumo de suas vidas e escolhas.
O sol de nossa esperança brilha cada vez menos num céu sem nuvens, os rios de nossa justiça vão baixando e os mares de um mundo melhor se encolhem; os riachos de nosso amor pelo próximo e os regatos de carinho secam a olhos vistos; as montanhas de nossas forças se crestam, amarelando numa total demonstração de desespero.
O único fio de esperança que surge, são atitudes como do senador Magno Malta, que age com perseverança diante dessas barbaridades de homens dos homens ditos figuras de Deus.
O desejo geral não é o retorno da inquisição, mas que a igreja usasse um por cento de sua fúria daquele tempo contra esses sacerdotes do Satanás, assassinos de almas, destruidores de famílias e mancha pútrida na imagem no que seria a casa de Deus. Deixe o perdão para esses mostro quando forem ao encontro do Pai; na terra eles merecem no mínimo prisão perpétua ou castração química e nunca mais pisarem numa igreja. Enquanto o Papa não mostrar consistência, haverá um verdadeiro êxodo nos templos papistas.
Aos verdadeiros homens de fé fica apenas uma opção: punir na terra e pedir aos céus o distanciamento do ódio, violência e exploração, chamando para junto de nós a gentileza e misericórdia, afastando-se duma vez essa treva tênue que vagarosamente vai cobrindo em nossos corações a figura de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário