domingo, 23 de maio de 2010

LITERATURA EM QUESTÃO


Sem grandes afetos


Nesse volume da série que reúne histórias de relacionamentos e aprendizagem, agora dedicada aos genitores, há boas histórias de união entre pais e filhos. Contudo, no transcorrer da leitura de HISTÓRIAS PARA AQUECER O CORAÇÃO DOS PAIS (Editora Sextante; 128 páginas) organizada por Jack Canfield e outros, se comparado com os outros da linha, carece de grandes afetos, como se toda pathos masculina fosse superficial. A idéia do livro de contar boas narrativas e situações ocorridas com progenitores foi cumprida, mas capenga de emoções densas.

 
Trecho:

 
“Numa noite de inverno, eu estava lendo e meu filho, Luke, se aproximou timidamente em silêncio. Ficou fora da meia-lua de luz que vinha de um abajur de bronze de que eu gostava muito. Antigamente ficava na mesa do consultório médico de meu pai.

Naquela época, Luke gostava de me trazer seus problemas mais sérios quando eu estava lendo. No ano anterior fazia isso sempre que eu estava trabalhando no jardim. Talvez ele se sentisse mais à vontade em relação a suas dificuldades quando eu estava fazendo aquilo que ele estava se preparando para fazer. Quando começou a se interessar em ver as coisas crescerem, aprendeu a plantar sementes e a deixá-las na terra ao invés de desenterrá-las na manhã seguinte para ver se tinham crescido. Agora estava começando a ler sozinho – embora ele não fosse admitir para mim.” (página 64)

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Para não descrever fisionomia, é só olhar a fotografia. O que eu gosto mesmo é livro, o deleite da ficção, o caminhar tranqüilo por histórias de outros, ou aquele navegar mais conturbado pelos volumes de Filosofia; aperto por muitas vezes as mãos de Platão, discordo de Sócrates, aplaudo Ruy Barbosa, sendo meus camaradas. Construo o alicerce de minha vida com alfarrábios.