A superação de Luciana
Não se pode negar que Manoel Carlos foi um dos pioneiros da televisão brasileira. Da mesma forma há de se assumir que foi autor de grandes sucessos como POR AMOR (1997) e LAÇOS DE FAMÍLIA (2000). Porém torna-se inegável sua inaptidão em transformar VIVER A VIDA em mais um sucesso.
Antes que a novela fosse ao ar, Manoel Carlos prometeu um punhado de histórias humanas onde homens e mulheres viveriam dramas e comédias, dando soluções aos seus conflitos e superando suas dificuldades.
De humanas todas as histórias tinham um pouco, mas de comédia, tudo caiu por cima de Camila Morgado, que seria uma jornalista responsável por transmitir os abalos da crise financeira, contudo seu personagem tornou-se um quadro puramente humorístico.
O sonho de uma Helena jovem que abrisse um leque de novas possibilidades foi para Taís Araújo um presente de grego. Cadê a felicidade que ela teria ao lado do homem mais velho depois de muito lutar?
A Helena dessa trama foi muito mais a Tereza, papel de Lilia Cabral, do que de Taís, não por ela não ser boa atriz, mas pela estrutura do papel.
O grande destaque dessa trama foi só um: Aline Moraes, uma menina que mostrou ser uma das melhores atrizes da nova geração. Luciana tornou-se o alicerce da novela, a emoção e o real exemplo de superação; se houvesse só ela e Lilia, a novela teria sido um sucesso. De todas as cenas desses meses de trama, ambas atrizes foram à essência da novela (outra cena emocionante foi o morte de Bene) o restante do elenco, apenas figurantes de luxo. E com certeza VIVER A VIDA deveria se chamar A SUPERAÇÃO DE LUCIANA.
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